segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Impressões de 12 dias em Garanhuns - 1ª parte

Bom, depois de duas semanas de merecidas férias depois da entrega da dissertação no prazo, cá estou eu de volta a este blog. Por esses dias, muitas coisas se passaram, desde o bigode de Sarney que vem e vai na velocidade das suas transações e contratações secretas até as brigas em numerosos rounds entre a Globo, que denuncia a Igreja Universal e a Record, porta-voz da Igreja, que foi "cascaviar" contratos nebulosos da Globo ainda na época da ditadura, mas que em nenhum momento justifica os supostos desvios de dinheiro das doações dos seus fieis. Além disso, Collor e Renan protagonizaram um barraco daqueles no Senado com Tasso Jereissati e Pedro Simon que deu muito o que falar, mas agora Collor já está calminho calminho, principalmente depois do suco de maracujá que Sabrina Sato entregou pra ele essa semana, lá mesmo em Brasília.
Bom, mas isso fica pra uma outra postagem. O que interessa nesse momento é a minha já tradicional análise do que tem acontecido em Garanhuns por esses dias, o que foi ainda facilitado pelos 12 dias que passei por lá, naquele frio maravilhoso.
Vou dividir essas impressões em partes, para não ficar muito cansativo. Nessa 1ª parte, vou falar das impressões posteriores ao festival de inverno, que acabara fazia poucos dias antes da minha chegada por lá.

PÓS-FIG 2009

A chegada a Garanhuns dias depois do Festival de Inverno, que completou 19 anos em 2009, demonstrou ainda alguns sinais do evento, que mobiliza toda a cidade durante 10 dias, em relação à festa, mas desde o início do mês movimenta o setor cultural da cidade, já que as oficinas de arte começam e terminam fora das datas apertadas do festival.
Ainda deu para perceber um certo clima de "ressaca" na cidade, até pelo fato de que a estrutura de palco e camarotes ainda estava sendo desmontada, trabalho que terminou apenas no início de agosto. O lixo que ficou embaixo das estruturas de alumínio só pôde ser retirado dias depois do fim da festa, o que ainda contribuiu para manter o clima de ressaca na praça guadalajara, palco principal do evento. O mesmo aconteceu no parque euclides dourado, que só teve o campo de futebol (antigo, bem antigo projeto de lago) desocupado 2 semanas depois do fim da festa.
Não pude ir esse ano a nenhum dia do FIG, mas consegui captar algumas tendências do evento deste ano com meus amigos e outras pessoas que conversei por esses dias por lá.
A impressão de boa parte da população é a de que o FIG 2009 foi fraco em termos de atrativos para os turistas, o que não movimentou a economia local como costuma acontecer. O que provavelmente ajudou para que isso ocorresse foram 2 fatores: a crise que o país vive, que não livra ninguém de certas restrições orçamentárias, aliada ao número menor de atrações de renome anunciadas para o evento. O que costumava ser programado para uma noite, com uma média de 2 atrações nacionais para o palco guadalajara, foi reduzido para uma, neste ano.
Com isso, os comerciantes e comerciários reclamaram bastante das vendas "pouco aquecidas" durante o FIG.
Outra coisa que deu o que falar foi o boato de que o prefeito da cidade iria distribuir máscaras para quem fosse aos shows, por conta do medo da propagação da gripe suína (H1N1) na cidade, que tem 2 casos confirmados até agora, pelo que me consta.
O problema até que não seria tão grande em distribuir as máscaras, já que as entradas da praça Guadalajara foram reduzidas a 4 ou 5, para aumentar a segurança, já que em cada uma dessas entradas existem policiais que revistam as pessoas antes da sua entrada na praça. Então a distribuição poderia ser feita aí.
Mas, é estranho distribuir máscaras para um evento ao ar livre, já que o vírus da gripe é propagado muito mais facilmente em ambientes fechados. Esse seria o maior problema. Além disso, como seria feita a fiscalização de quem usaria e quem não usaria as máscaras, no meio da multidão, que chega a mais de 50 mil pessoas nos dias dos shows mais concorridos? No mínimo foi uma ideia infeliz da prefeitura, que não vingou e que nem por isso impediu que a festa fosse segura o bastante para que ninguém saísse contaminado com a nova gripe da cidade.

MTV e o FIG

Para quem não pôde ir a Garanhuns assistir aos shows do FIG, uma ótima pedida foi acompanhar, nas últimas 2 sextas-feiras, o especial FIG, transmitido pela MTV para todo o país, que foi ao ar às 10 e meia da noite. O melhor de tudo é que a cobertura foi resumida, como um programa desse tipo deve ser, porém conseguiu abarcar todos os eventos que marcam o festival, como as oficinas na comunidade quilombola do Castainho, o Virtuosi na Serra, que acontece na Catedral de Santo Antônio e as oficinas e outros trabalhos culturais espalhados pela cidade. A apresentação de Felipe Solari ficou muito boa e o resultado do trabalho foi muito legal. Ficou melhor inclusive do que os resumos feitos há anos pela afiliada da Globo na região, a TV Asa Branca, que se resumem a mostrar apenas os shows da praça Guadalajara.
Para quem não sabia ou não pôde assistir, lá no site da MTV deve ter algum material disponível para os internautas.
Outra boa opção é o site do programa Pernambuco Nação Cultural, do qual o FIG é a principal atração. Lá existem fotos e vídeos sobre o evento.

Bom, por hoje é só. Em breve, vem a 2ª parte dessas minhas "impressões".
Boa tarde a todos.

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