terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O hexa do Sport: será que ainda dá?

É duro perder um clássico. E ainda mais para um rival como o Santa Cruz. Mas, fazer o quê? Sem hipocrisia nem paixão doentia, vence o jogo quem está em melhores condições de entrosamento e de preparo físico. E este não é o caso do Sport.
O time, mais uma vez, vem em busca de um sonho histórico para toda a torcida: a conquista inédita (para nós, torcedores leoninos) do hexacampeonato estadual. Hoje, nos tempos em que o título estadual parece pouco soa até estranho dar tanto valor a essa conquista. Mas, no caso da secular rivalidade entre os times de Recife, isso vale muito. Afinal, representa conquistar algo que é, até hoje, exclusividade e motivo de orgulho apenas de uma torcida, a do Náutico.
Sempre procurei neste blog não me envolver muito com os assuntos futebolísticos, pois são dos mais polêmicos neste nosso país do futebol. Porém, sempre que escrevo aqui, sempre respeito os adversários e rivais do meu time, pois não me considero um torcedor fanático, no sentido de estar tão apaixonado que me torno cego aos problemas do meu time. Considero-me, porém, um torcedor otimista, no sentido de sempre tentar acreditar nas pessoas que fazem o time. Quase sempre, na gestão anterior do Sport, elogiei o time em minhas postagens, apesar de pessoalmente nunca ter confiado cegamente nas direções tomadas pela direção anterior.
Com este novo presidente do clube, acredito mais na possibilidade de uma gestão menos conservadora e mais voltada para a infra-estrutura do time, pois creio que um clube não pode só se basear na fama e no marketing gerados por seus jogadores (que o digam Corinthians e Flamengo).
Por isso, ainda acredito no hexa do Sport, mas confesso que vai ficando cada vez mais difícil de acreditar nele. Afinal, a campanha do Sport no pernambucano deste ano é pífia (7º lugar entre 12 equipes, com 14 pontos e 3 derrotas, além de saldo de gols de 1 negativo) e as derrotas sofridas, antes da de domingo, foram para equipes completamente inexpressivas no cenário nacional, para Cabense e Araripina. A derrota diante do Santa Cruz até que foi a mais aceitável, pois foi em um clássico. Neste caso, o que menos importa é a divisão em que o clube se encontra, o que vale mesmo é a rivalidade e o que ocorre dentro de campo. O Santinha está de parabéns, enquanto o Sport precisa, urgentemente, de uma melhora acentuada na sua condição de jogo. Afinal, ter um time que depende dos zagueiros e até do goleiro para fazer os seus míseros 7 gols em 9 partidas precisa (e logo) rever a sua forma de jogar. Isto se o hexacampeonato ainda for a meta do time, pois se continuar assim temo até pela permanência do time na série B do campeonato brasileiro.
O Sport precisa aprender com os erros do passado, não os repetindo no presente. E que esta seja a lição que o novo presidente do Sport siga nesta sua gestão. Da nossa parte, a torcida, resta apenas fazer o que já fazemos sempre: torcer. E quem pode mais, os sócios, estes podem cobrar um pouco mais do que nós torcedores uma atitude mais consistente dos jogadores e do clube em geral.
Que venha Hélio dos Anjos (se bem que não penso que a troca de treinadores seja uma solução) e que o sonho do Hexa não morra na praia de novo em menos de 10 anos.
Boa tarde a todos.

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