domingo, 10 de abril de 2011

Cidades do agreste pernambucano farão parte de projeto do SEBRAE para melhoras na qualidade do café produzido na região.

O Sebrae dará início a um projeto para apoiar e auxiliar a promoção de melhorias na produção do café no estado. Os objetivos da entidade são o de trabalhar para melhorar a qualidade dos grãos produzidos no estado, para criar um diferencial para o produto local, além de buscar o acesso a novos mercados por meio da oferta de grãos especiais. 
O projeto será implantado em seis municípios da região agreste: Garanhuns, Brejão, Saloá, Paranatama, Jurema e Taquaritinga do Norte. Estes municípios concentram a grande maioria das propriedades produtoras de café em Pernambuco, tendo juntos 4,8 mil hectares cultivados, com vendas anuais de cerca de 8 milhões e meio de reais. São números que fazer de Pernambuco, atualmente, o segundo maior produtor de café do Nordeste. Apesar da produção ser concentrada nessas cidades, o café que é consumido no estado não é oriundo da produção dessas cidades, mas de outros pontos do país. Segundo números oficiais, apenas 10% de todo o café consumido em Pernambuco provêm da região agreste do estado, o que, no mínimo, aponta uma falha na distribuição da cadeia produtiva do grão no estado, ou, talvez, a questão seja a preferência por graõs de melhor qualidade ou com preços mais competitivos. É justamente com o objetivo de mudar este quadro que o SEBRAE tomou tal iniciativa, o que, espera-se, possa fazer alavancar novamente a produção de café na região que, historicamente, tem uma forte tradição cafeicultora, especialmente na região de Garanhuns, que compreende hoje as cidades de Garanhuns, Brejão, Saloá e Paranatama.
O projeto do Sebrae consistirá no oferecimento aos cafeicultores da região interessados de ações como consultoria, capacitação para melhoria tecnológica e de gestão, concurso de qualidade do café para promover e valorizar a produção pernambucana, além de palestras e seminários com especialistas do setor. O Sebrae também realizará pesquisa com cafeterias da Região Metropolitana do Recife para apresentar a produção local e identificar oportunidades de negócios entre os cafeicultores pernambucanos e os empresários. Ainda deverá ser realizado um estudo visando a futura implementação do selo de Indicação Geográfica para o café especial do Agreste de Pernambuco. A certificação indica aos consumidores a origem do produto, ajudando na garantia da qualidade do produto, tornando-o mais competitivo frente aos mercados regional e nacional. O prazo para execução do projeto é de dois anos.
Fonte: site canal rural notícias, com adaptações.
Espera-se, assim, que Garanhuns e outras cidades da região possam voltar a se tornar protagonistas em termos da produção de café, tal como em épocas passadas e que, quem sabe, a indústria de processamento e de produção de derivados do café possa voltar os seus olhos para a região, visando a futura instalação de novas fábricas, ou que até mesmo os produtores locais possam ser incentivados a não somente produzir os grãos, mas que eles também possam ter condições de beneficiá-lo. Isto fará bem para o produtor, para o trabalhador e para as cidades, que também poderão se desenvolver economicamente com esta iniciativa. Assim espero que aconteça.
Boa noite a todos.

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