quinta-feira, 25 de março de 2010

Garanhuns poderá ter faculdade de medicina pública em 2011. E mais: estudantes da FAMEG poderão até ser incluídos nessa nova faculdade, segundo MEC.

O dia 24 de março de 2010 pode se tornar uma data histórica para Garanhuns. Depois de tantos anos de sofrimento e expectativa por parte dos estudantes de Garanhuns e região que tentam fazer o curso de medicina na capital (ou mesmo para aqueles que ainda aguardam uma decisão sobre o destino da FAMEG). O governo federal, por meio do ministro da educação, Fernando Haddad, além do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do reitor da UPE, Carlos Calado, e do deputado federal Fernando Ferro, do PT, decidiram nesta quarta-feira comunicar a criação do curso de medicina da UPE (Universidade de Pernambuco, estadual) na cidade de Garanhuns.

Segundo informações dadas pelo ministro da educação e pelo reitor da UPE, o primeiro vestibular da nova faculdade já deverá acontecer no segundo semestre deste ano. A intenção da nova unidade de ensino é ampliar o acesso ao estudo de nível superior, principalmente no Interior do Estado, garantindo uma formação pública e de qualidade aos estudantes.

O ministro Fernando Haddad demonstrou bastante interesse pela iniciativa e garantiu que todo o trâmite necessário para o início das atividades do curso será agilizado.

A melhor notícia veio, sem dúvida, para os estudantes da Faculdade de Medicina de Garanhuns (Fameg), entidade privada não reconhecida pelo MEC que não chegou nem a começar as suas atividades, por conta de decisão da justiça federal, já comentada em postagens anteriores.

Segundo informações do reitor da UPE, Carlos Calado, poderá ser estudada uma forma legal de incorporar, na primeira turma do novo curso de medicina, os cerca de 40 alunos que foram aprovados no primeiro vestibular da Fameg. É mais um sopro de esperança para estes estudantes que acabaram sendo extremamente prejudicados com o fechamento da faculdade particular de medicina, mas que, caso essa decisão da UPE seja levada adiante, poderão ser beneficiados com uma estrutura mais organizada, além do cursarão uma faculdade que tem uma qualidade de ensino infinitamente melhor que a anterior, que sequer chegou a funcionar.

Será que finalmente os estudantes de Garanhuns irão poder desfrutar dessa benesse, que antes somente aqueles que se aventuravam pelas capitais conseguiam? Esperamos que não passe apenas de uma promessa de campanha (vale lembrar que é ano de eleição) e vamos ver se os políticos de Garanhuns e região também não criarão nenhum obstáculo à criação desta faculdade, tal como ocorreu com a proposta do campus da UFPE, que acabou indo para Caruaru.

Em se tratando de Garanhuns, infelizmente, não poderemos cantar vitória antes da efetiva instalação da unidade de ensino, pois nunca sabemos o que se passa nas cabeças (e pelos interesses) de nossos políticos. Infelizmente. Mas, apesar disso, fico bastante esperançoso que essa ideia saia do papel e que finalmente Garanhuns incorpore a sua vocação natural para ser uma verdadeira cidade polo universitária, tal como ocorre em Campina Grande e outras tantas cidades ao longo do interior do nosso país.

Boa noite a todos.

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