terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pernambuco e Alagoas lideraram na expansão do mercado de trabalho no Brasil em Setembro.

Notícia retirada do site Estadão.com.br

O Estado de São Paulo manteve a liderança na criação de vagas formais de emprego em setembro. Pernambuco e Alagoas, porém, foram os Estados que registram maior expansão do mercado de trabalho, ajudando a justificar o crescimento expressivo da Região Nordeste no mês passado.

Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram gerados 53.572 postos de trabalho com carteira assinada em São Paulo, o que representa um crescimento de 0,47% em relação ao total de assalariados com carteira no mês anterior. Em termos absolutos, os números paulistas são o melhor desempenho da Região Sudeste.

Já em Pernambuco, foram contratados 39.645 trabalhadores, descontadas as demissões do período, o que representa uma expansão de 3,70% sobre o mês anterior. "Este resultado foi o melhor de toda a série histórica do Caged para o período, em termos absolutos, e o melhor desempenho da Região Nordeste", comentou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O comportamento é fruto da expansão do emprego na indústria de transformação (21.853 vagas), agropecuária (5.856), construção civil (4.500), serviços (4.188) e comércio (2.991).

Alagoas também merece destaque ao ter criado, em setembro, 28.256 vagas formais líquidas, o que representa uma expansão de 10,48%. A indústria da transformação (27.188) foi a que mais contribuiu para o desempenho positivo do setor.

O emprego com carteira assinada cresceu em 107.589 postos de trabalho em setembro nas nove regiões metropolitanas destacadas pelo Caged (Salvador-BA, Fortaleza-CE, Belo Horizonte-MG, Belém-PA, Recife-PE, Curitiba-PR, Rio de Janeiro-RJ, Porto Alegre-RS e São Paulo-SP). Os destaques foram São Paulo (35.519 postos) e Recife (16.238 postos).

O interior dos Estados desses aglomerados urbanos registraram um aumento de 65.787 postos. Para Lupi, o comportamento menos favorável em relação às áreas metropolitanas deve-se à existência de fatores sazonais negativos, principalmente ligados à agricultura. Mesmo assim, das nove áreas pesquisadas, houve aumento do emprego em oito delas, com destaque para o interior de Pernambuco, com a criação de 23.407 empregos.

Por região, O Nordeste ultrapassou o Sudeste e criou, em setembro, o maior volume de vagas de trabalho com carteira assinada de sua história. No mês foram registrados 105.897 novos postos de trabalho na região. De acordo com o que foi divulgado hoje, o resultado positivo do Nordeste foi influenciado por recorde de contratações em dois Estados e o segundo lugar no volume de geração de emprego em outros três.
No mês passado, a Região Sudeste gerou 86.220 empregos formais. O Sul do País foi responsável por 37.881 postos líquidos. O Norte obteve o segundo melhor saldo para o mês ao criar 11.300 vagas. Já a Região Centro-Oeste registrou 5.568 novas contratações.

Com isso, vai-se consolidando a tendência de crescimento acentuado do Nordeste vista nos últimos meses, acompanhada da expansão industrial e do setor de serviços, que cresce a níveis impressionantes em toda a região. Finalmente, Alagoas e Pernambuco tiveram estatísticas positivas para comemorar nestes últimos meses, principalmente Alagoas, que passou por muitos anos com sua economia praticamente estagnada. Mas, já que Alagoas ainda vive o período das eleições para o governo do estado, não há como se garantir pelos dados da pesquisa que este fenômeno foi provocado isoladamente pelo atual governo, já que, ao que parece, o crescimento do emprego em Alagoas está diretamente relacionado ao crescimento proporcional do emprego em todo o país. Agora, os números mais recentes demonstram que, realmente, há que se admitir que a entrada recente de novas indústrias e de novas lojas, principalmente em Maceió, tem alavancado o crescimento do emprego no estado de Alagoas. Espero que este crescimento seja contínuo, não apenas reflexo de um curto período de melhora, que possa ser revertido dentro de alguns meses. Estas taxas de crescimento só poderão ser comemoradas se forem continuamente obtidas, ou ao menos mantidas a longo prazo. Se não, serão mais um conjunto de dados positivos a serem utilizados apenas para beneficiar a um ou a outro candidato no período eleitoral.
Boa tarde a todos.

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