quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Alguns dados sobre os índices de cursos das instituições de ensino superior de Alagoas.

Dados divulgados no último dia 13 apontaram que 12 instituições de ensino superior de Alagoas estão sob observação do Ministério da Educação (MEC), por conta do baixo Índice Geral de Cursos (IGC). Elas podem ter o número de vagas reduzido ou mesmo serem descredenciadas nos próximos anos, caso não melhorem o desempenho de seus cursos de graduação.
Segundo o levantamento, que considera a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação de todo o país, nenhuma das instituições de Alagoas conseguiu nota superior a três.
Levando em conta conceito médio da graduação, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) foi a melhor instituição de ensino superior do Estado, com nota 2,4319. A pior foi o Centro de Ensino Superior Arcanjo Mikael de Arapiraca (Cesama), com conceito 0,95.
Na edição de 2009 foram avaliados os cursos de Administração, Direito, Comunicação Social, Ciências Econômicas, Psicologia, Ciências Contábeis, Design, Turismo, Teatro, Música, Arquivologia, Biblioteconomia, Secretariado Executivo, Relações Internacionais, Estatística, Tecnologia em Design de Modas, Tecnologia em Gastronomia, Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Tecnologia em Gestão de Turismo, Tecnologia em Gestão Financeira, Tecnologia em Marketing e Tecnologia em Processos Gerenciais.

Extraído com adaptações do site tudonahora.uol.com.br.

A UFAL, instituição melhor avaliada, teve 32 cursos avaliados, obtendo IGC = 3, com conceito médio de 2,4319. A SEUNE foi a instituição particular melhor avaliada pelo MEC em Alagoas, tendo 3 cursos avaliados, obtendo IGC = 3, com conceito médio de 2,3093. Também obtendo conceito 3 no IGC estão as instituições FAL, IBESA, Faculdade Maurício de Nassau e FAT.
As universidades estaduais UNEAL e UNCISAL receberam conceito 2 do IGC, tendo a primeira 14 cursos avaliados, enquanto que a segunda teve 5 cursos avaliados. Os dados completos constam no site do Ministério da Educação.

As instituições particulares Faculdade Raimundo Marinho, FITS, FASVIPA e FAESA não obtiveram conceito no IGC por não terem cursos avaliados pelo MEC ou por não terem ainda turmas concluídas nos cursos que poderiam ser avaliados pelo Ministério.

Concluindo: até que os números de algumas instituições de ensino superior do estado foram razoáveis, mas estão longe do nível de excelência oferecido por outras instituições de ensino superior de outros estados, principalmente do eixo centro-sul do país. Os dados divulgados pelo MEC mostram que ainda há muito o que fazer para que a educação de nível superior em Alagoas possa obter níveis satisfatórios na avaliação do governo. E isso vale não somente para as instituições particulares, mas também para as instituições de origem pública. Até mesmo a Universidade Federal de Alagoas, a melhor instituição avaliada, ainda precisa evoluir bastante, não somente em relação à sua estrutura física que, verdade seja dita, melhorou um bocado nos últimos anos, mas é necessário também que continue evoluindo o incentivo à pesquisa e, principalmente, aos programas de extensão universitária que, apesar de não constarem como condições primordiais à obtenção do conceito do IGC, importam no aprimoramento intelectual dos discentes, além de estreitar os laços da instituição com as comunidades que rodeiam os campi.
Quanto às instituições que estarão sob observação do MEC nos próximos semestres, resta trabalhar muito para que consigam melhorar nos pontos específicos que o Ministério irá cobrar para cada uma delas como condição à obtenção de índices melhores com a consequente manutenção da possibilidade de que estas instituições de ensino superior possam continuar oferecendo os cursos no momento supervisionados de perto pelo governo federal. É esperar para ver se as mudanças realmente acontecerão, para o bem do ensino de qualidade e especialmente para o bem dos alunos que se esforçam tanto para cursar o ensino superior.

Boa noite a todos.

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