sexta-feira, 6 de maio de 2011

Desdobramentos do movimento "na mesma moeda".

Segundo informações que estão sendo divulgadas via twitter pelo site maceio40graus, o que escrevi na postagem de algumas horas atrás acabou acontecendo, quanto ao comportamento dos donos de postos. Segundo os relatos reproduzidos na rede social, os postos que estão recebendo os manifestantes estão aumentando os valores da gasolina para R$ 3,80 o litro, além de que a SMTT (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito) de Maceió está multando os manifestantes. O motivo das multas? Vai lá saber!

O fato é que aqui em Maceió as coisas costumam funcionar assim mesmo: quando alguém se manifesta contra alguma coisa neste estado, costuma receber uma recepção não muito amigável por parte dos órgãos objeto dos protestos, além de que a própria prefeitura ou o governo estadual costumam reprimir as manifestações, seja com o uso da força policial, seja com o uso de outros "artifícios", como este das multas de agora.

Alguns manifestantes estão transmitindo imagens ao vivo, via twittcam. Também está disponível o site nacional do movimento, para quem quiser se informar melhor sobre estes atos que estão ocorrendo em várias  cidades do país. O site oficial é www.namesmamoeda.com.br.
Estamos de olho.
Boa noite a todos.

Retificando algumas informações acima e trazendo novas notícias, em tempo:
1. Ao final do protesto, os manifestantes e a SMTT não confirmaram a hipótese de que houve cobranças de multa a alguns motoristas participantes. Segundo o próprio superintendente, Pinto de Luna, que acompanhava o movimento via twitter, os agentes da SMTT estavam apenas cuidando da fiscalização do trânsito e só multariam aqueles motoristas que estivessem infringindo alguma regra do Código de Trânsito, o que de fato não aconteceu, segundo relatos oficiais do órgão municipal e dos próprios manifestantes.
2. Valem aqui os agradecimentos a quem transmitiu ontem o protesto, como @LeonAzevedoo que transmitiu ao vivo via twittcam. Foi bem esclarecedora a transmissão com a narração do que ocorria em tempo real.
3. O Sindicato dos Postos de Combustível determinou ontem que os postos devessem ficar fechados no horário do protesto. Porém, parece que nem eles acreditaram que a mobilização seria tão grande. Sem alternativa, no momento em que os motoristas abasteciam os carros, pagando R$ 0,50 no cartão de crédito e exigindo a nota fiscal, os donos de postos adotaram várias soluções: aumentar o preço da gasolina na hora de receber o valor para R$ 3,80 o litro, fechar as portas da loja de conveniência onde o cliente deveria passar o cartão, exigir o pagamento em dinheiro, estas foram as principais tentativas de se esquivar do protesto.
4. Neste ponto, vale ressaltar o importante papel do PROCON no auxílio aos manifestantes mas, mais do que isso, no cumprimento da lei. Alguns postos que não aceitaram o pagamento via cartão ou que aumentaram o preço abusivamente foram autuados pelo órgão de defesa do consumidor, o que reforçou ainda mais a legitimação do movimento.
5. Mais de 100 motoristas participaram do movimento, que esteve em postos de diversos bairros da capital, incluindo o Farol e a Jatiúca.
6. Por fim, não sei se já foi um resultado do movimento de ontem, mas hoje alguns postos já vendiam gasolina a menos de R$ 3,00 o litro. Dos que eu vi na Avenida Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro, os destaques foram o posto Makro, que está cobrando R$ 2,98 o litro e um posto da distribuidora BR que fica próximo à Praça Centenário, no sentido Farol-Centro, que tem gasolina a R$ 2,94 o litro. Se alguém souber de outros postos que cobrem o preço justo do combustível para os padrões de Alagoas, fique à vontade e comente aqui nesta postagem.
Continuaremos de olho e espero que esta mobilização sirva de exemplo para muitas outras que, há muito tempo, já deveriam ter sido feitas aqui em Maceió, mas que o povo ainda aguarda passivamente por soluções do governo.
Bom fim de semana a todos.

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