sexta-feira, 6 de maio de 2011

Daqui a pouco começa em Maceió o movimento "na mesma moeda". Quem tiver carro e puder ir, participe.


O movimento Na Mesma Moeda, que protesta contra o aumento abusivo dos preços dos combustíveis, espera a adesão de centenas de motoristas ao ato que será realizado nesta sexta-feira, às 8 da noite, aqui  em Maceió. 
O protesto sairá do estacionamento de Jaraguá, onde os motoristas deverão se reunir para procurarem os postos que estejam vendendo combustível a preços abusivos para exercer a manifestação. O procedimento a ser adotado será o seguinte: os motoristas deverão abastecer R$ 0,50 em postos que estão cobrando mais de R$ 3,00 pelo litro da gasolina, ou seja, 99% dos postos de Maceió poderão estar sujeitos ao protesto de logo mais, já que o preço médio da gasolina aqui na capital alagoana já gira em torno de R$ 3,10. Os motoristas deverão pagar com cartão de crédito e pedir a nota fiscal, o que não é a prática de quase nenhum motorista, em geral e que, de certa forma, esta falta de costume dos motoristas é um verdadeiro auxílio ao não repasse do ICMS ao estado, o que leva ao consequente aumento de lucro dos donos de postos.
Para evitar que os postos se recusem a fazer a operação, a superintendência do (Procon-AL) deverá acompanhar os manifestantes, para proceder às autuações necessárias. A orientação do Procon-AL é a de que, mesmo fora do protesto, os consumidores boicotem os postos que estejam vendendo o combustível acima da média. O problema é saber qual é a média de preços justa, já que quase não há diferença de preços entre os postos da capital, o que torna difícil o exercício do direito de escolha do consumidor.  Além disso, em menos de um mês o litro da gasolina passou de R$ 2,85, em média, para R$ 3,17, atingindo R$ 3,29 como preço máximo em alguns postos da cidade.
Como resultado dessa alta aparentemente abusiva de preços, a Câmara de Vereadores criou uma Comissão Especial de Investigação (CEI) dos combustíveis, para apurar as razões do aumento no preço do litro da gasolina e o Núcleo de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual anunciou ontem que também investigará o aumento abusivo nos preços. Resta saber agora se a adesão ao movimento será satisfatória e se os postos que estão praticando preços abusivos não estarão daqui a pouco, por acaso, fechados, já que a divulgação pelo facebook e pelo twitter desse movimento acaba sendo uma faca de dois gumes, pois mobiliza a população e, ao mesmo tempo, informa aos donos de postos os detalhes da manifestação. Enfim, torço para que dê certo, mesmo tendo certeza de que esta é apenas a ponta do iceberg em relação ao problema da venda de combustível no Brasil e em Alagoas, que envolve cobrança abusiva de preços, adulteração de combustíveis, sonegação de impostos, entre outros tantos problemas.

Fonte: site tudonahora.uol.com.br

Boa noite a todos.

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