Com incentivos promovidos pelo governo federal desde a época do governo FHC e mantidos pelo governo Lula, a Fiat vai abrir outra fábrica de automóveis no País, em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco.
Os incentivos fiscais são obtidos por meio do chamado regime automotivo, um sistema de incentivo fiscal à instalação de fábricas do setor nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, que seria a princípio extinto no final deste ano, porém recentemente teve sua vigência prorrogada até 2020. Para adquirir estes benefícios especiais, é necessário que as empresas já tenham sido inscritas desde o início do programa, ainda nos anos 90. A Fiat, para se inserir neste programa, teve que adquirir a TCA, fabricante de chicotes elétricos instalada no município pernambucano desde a década de 60 do século passado.
O anúncio do novo empreendimento deverá ser feito pessoalmente pelo presidente Lula, que visitará o estado de Pernambuco no próximo dia 14. Segundo dizem, o pedido para instalação da fábrica da Fiat em Pernambuco partiu do governador do Estado, Eduardo Campos, que o fez diretamente a Lula.
O investimento para a nova fábrica faz parte dos R$ 10 bilhões que a Fiat deverá aplicar no Brasil nos próximos 4 anos. Segundo informações da própria presidência nacional da empresa, 7 bilhões serão gastos na ampliação da fábrica de Betim-MG, bem como em outras unidades de caminhões, autopeças e máquinas agrícolas, enquanto os R$ 3 bilhões restantes deverão ser destinados à instalação da nova fábrica em Pernambuco.
Parece que, depois de uma semana de aparentes perdas políticas para o grupo do governador reeleito, as boas notícias estavam apenas reservadas para a próxima semana. A reivindicação da instalação de fábricas de automóveis no Nordeste é antiga e sempre foi alvo de intensas batalhas de oferecimento de isenções fiscais principalmente por parte dos estados mais desenvolvidos da região, Bahia, Ceará e Pernambuco. Depois de ter perdido a fábrica da Ford para a Bahia, parece que agora o estado de Pernambuco será o segundo da região a ser beneficiado com tal empreendimento. Vamos esperar para ver se o retorno a ser dado por esta fábrica a ser instalada no Estado compensará o montante de impostos que deixarão de ser arrecadados, em nome do desenvolvimento das regiões então menos favorecidas em termos industriais. É esperar para ver.
Boa tarde a todos.
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